Muitas vezes se ouve alguém
falando, em espaços privilegiados ou numa roda de conversa, que não
existem mais direita e esquerda na política brasileira. Não raro
esta afirmação aparece explicita ou implicitamente nos jornais e
tele jornais. Embora a origem dos termos remetam à França do final
do século XVIII, período revolucionário, ainda faz muito sentido
no que tange ao posicionamento político-ideológico das pessoas frente aos
assuntos de cidadania.
Os termos, direita e
esquerda, nasceram durante a Revolução Francesa (1789), e distinguiam os membros da Assembleia Nacional. Os favoráveis ao regime
monárquico sentavam-se a direita do presidente da Assembleia
enquanto os partidários da revolução, os republicanos sentavam-se
à esquerda. Ao longo do tempo, esta disposição permaneceu para
distinguir as posições política frente ao status quo. Já em
meados do século XIX, os termos "direita", "esquerda",
"centro", "extrema direita", "extrema
esquerda", "centro-esquerda" e "centro-direita"
era utilizado para as distinções dos posicionamentos
ideológicos das pessoas e/ou de grupos organizados em partidos e
facções políticas. Quanto mais à direita, mais conservador e
quanto mais à esquerda mais progressista. Percebam que existem partidos de matriz direitista que adotam as nomenclaturas de esquerda como "progressista", "popular", "socialista", "social democrata", etc. Ora! Não seriam eleitos os políticos pertencentes a um "PEDB - Partido Elitista Conservador Brasileiro"!
Mas e hoje? Quem é quem?
Lembro agora, de uma frase cuja autoria não lembro, que diz que
quando alguém pergunta ou afirma não haver mais distinção entre
direita e esquerda, certamente não é de esquerda! O fato é que
através da história, sobretudo após a Segunda Guerra Total, as
personalidades representantes do pensamento de direita passaram a
negar as distinções enquanto a História contada sob a ótica de
esquerda, reafirma as distinções.
No Brasil, antes do Golpe
Militar de 1964, o quadro político era bem definido. A UDN, União
Democrática Nacional, era o maior partido de direita , o PSD,
Partido Social Democrático, partido que reunia muitas personalidades
de centro e o PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, criado por Getúlio
Vargas, que reunia muitos políticos de centro-esquerda e de
esquerda. Mas há que se dizer que já havia os partidos de extrema
direita como os Cristãos assim como já havia no Brasil os partidos
comunistas e facções socialistas de extrema esquerda. Com o AI-2,
da Ditadura Civil Militar, institui-se o bipartidarismo, ficando toda
a direita política brasileira reunida na ARENA, e as esquerdas
divididas em grupos clandestinos ou filiada ao MDB, numa postura de
oposição consentida pelo Regime Militar. Hoje, com o
pluripartidarismo, a ARENA, se dividiu em PDS e PFL que hoje são o
PP e o DEM. E o MDB dividiu-se em vários partidos de centro,
centro-esquerda e até esquerda.
Muito basicamente, podemos
dizer que os partidos brasileiros defensores da redução da atuação
do estado, ou seja, aqueles que acreditam na redução de programas
governamentais inclusivos, defendem a redução da carga tributária
patronal, são partidos de aspirações direitistas. Os partidos que
pregam reduzir as desigualdades através do aumento da atuação
estatal, seja regulando o mercado e sobretudo atuando diretamente por
meio de programas sociais inclusivos, são partidos de aspirações
esquerdistas, já que representam as classes sociais menos
favorecidas. Portanto, assim fica óbvio que ainda existem as
direitas e esquerdas políticas no Brasil. Ao contrário da falsa
homogeneidade da "classe política" explorada pela grande
mídia, que intencionalmente busca uma confusão entre o problema
sociocultural que é a corrupção com matriz ideológica, a política
brasileira está recheada de direitas, centros e esquerdas. Resta
saber distingui-los e posicionar-se!
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